Inforalentejano
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Pré-história e Primeira Geração
Até 1950
A história dos computadores têm início há aproximadamente 4000 a.C. desde que o homem descobriu que só com os dedos não dava para calcular, então foi criado o primeiro instrumento de cálculo. Era um aparelho simples feito de argila onde se escreviam números e que ajudava nos cálculos aos quais chamaram de Ábaco. Mais tarde o Ábaco era feito de madeira com pedras deslizantes e varetas, utilizado pelos mercadores para contar e calcular. Em termos aritméticos, as barras actuam como colunas que posicionam casas decimais: cada bola na barra das unidades vale um, na barra das dezenas vale dez e assim por diante. O ábaco era tão eficiente que logo se propagou por toda parte, e em alguns países é usado até hoje.
Pascaline – 1642
Cinquenta e dois anos mais tarde no final do século XVII o alemão Gottfried Von Leibniz matemático e filósofo consegue melhorar substancialmente o invento de Pascal e já se realizam multiplicações.
Charles de Colmar consegue que a sua máquina de calcular realize as quatro operações matemáticas: multiplicação, divisão, soma e subtracção. Construiu, baseado no modelo de Leibniz, o aritmômetro, uma máquina finalmente operacional da qu al mais de 1500 unidades foram fabricadas e vendidas em trinta anos, tendo obtido a medalha de ouro da exposição de Paris de 1855. Estávamos na era da computação mecânica e I Guerra Mundial.
Mas o desenvolvimento dos computadores como hoje os conhecemos deve-se a um matemático inglês de nome Charles Babbage que em 1812 revolucionou a forma de pensar e ver da sociedade dizendo que as operações matemáticas repetitivas se podiam fazer de forma mais confiável e mais rápida pelas máquinas do que pelo homem. Ele idealizou uma máquina a vapor capaz de realizar operações aritméticas mais complexas do que as quatro operações básicas. Esta máquina analítica nunca foi construída mas as ideias para os avanços da computação mecânica foram fundamentais.
Esboço da máquina analítica
A ideia dos cartões perfurados não era nova, pois já tinha sido usada por Joseph M. Jacquard em 1745 para controlar um tear. Mas a possibilidade de o programa alterar a sequência de operações automaticamente, baseado em decisões é um conceito genial que encontramos nos computadores actuais.
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vZRUNZkCIPZp3EkRIVaw4Ix0pqm3r9vPBc5sTPqyC18VYin5TskIAKS1NbdC9DtDJyfYvSwNr8ZLUfuMHW3yctoHDYVZ31XwJashj8Ww=s0-d)
Tear de Jacquard
Em 1889 Herman Hpllerith, americano deparou-se com um problema estava-se a fazer levantamento demográfico no país mas pelo tempo que o último censo levou a apurar temia que quando estivesse pronto já estivesse desactualizado, contudo com a máquina inventada por Hollerith demorou apenas seis semanas. Esta máquina tinha a particularidade de trabalhar com cartões perfuráveis. A ideia dos cartões perfuráveis serviu também para armazenar dados. As engrenagens eram numerosas e complexas, por isso em 1903 aparece o primeiro computador 100% electrónico, que utilizava álgebra boleana, ou seja álgebra binária, 0 e 1 a base dos computadores que hoje conhecemos. Com a chegada da segunda Guerra Mundial houve necessidade de criar máquinas que fizessem cálculos com mais rapidez e precisão na indústria bélica. Então os alemães criaram o Z3 que era capaz de projectar aviões e mísseis. Os ingleses desenvolveram o Colossus, porque precisavam de decifrar códigos nas mensagens alemãs. Quando acabou a segunda grande guerra começou a guerra - fria houve mais um desenvolvimento com a constru ção do Eniac. A importância do Eniac é que não era destinado a uma operação específica, mas podia ser usado de uma maneira geral.
O Eniac tinha aproximadamente 18.000 válvulas, ocupava o espaço de uma sala e pesava cerca de 30 toneladas. O Eniac podia calcular a trajectória ou ângulo de uma bomba em 20 segundos consumindo 160 kW. Era constituído com válvulas electrónicas, eram grandes, caras e lentas e queimavam facilmente. Mesmo assim foi capaz de realizar 100.000 cálculos simples por segundo. Com o tempo foram mudando as dispendiosas válvulas pelos mais económicos e miniaturizáveis transístores. Assim foi possível diminuir o tamanho dos computadores e consumir menos energia, tornando-os economicamente mais acessíveis a pessoas e Instituições.![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sMIN9Rycr5A93TaW3V5l8lCQrb38EAPifKc1F6CHCRA0sMizs9N4PJYzLOov4NRu0VqZ43eNuVj56HL_pY5N-VYQeJz6xWACCpRO6_0WCt8iIMPPWwqldxt_1pdulNHRZv2zZx=s0-d)
Mesmo quando o ENIAC foi a público, Mauchly e Eckert já trabalhavam na concepção de um sucessor para o Exército. A principal desvantagem do ENIAC era a dificuldade para mudar as instruções ou programas. A máquina só continha memória interna suficiente para manipular os números envolvidos na computação que estava a executar. Isso significava que os programas tinham de ser instalados com fios dentro do complexo conjunto de circuitos. Alguém que quisesse passar do cálculo de tabelas de tiro para o planeamento de um túnel de vento teria de correr de um lado para outro da sala, como um operador de painel de controlo que tivesse enlouquecido, desligando e ligando centenas de fios.
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tzA77IxZWxopa58W4bKlzVlKWLPEKCSAQKfeOFLbBPWApVYVWISUJrNZ1JMDS37YtI6pvD0DDXcHK7p1NEVWAkCavX4Y-Qr6QGZfzFL3VB0te6B1ViC4qMncJ7=s0-d)
EDVAC
O sucessor do ENIAC denominado EDVAC, sigla para Computador Electrónico de Variáveis Discretas (Electronic Discrete Variable Computer) - foi planeado para acelerar o trabalho, armazenando tanto programas como dados na sua expansão de memória interna. Em vez de serem instaladas no conjunto de circuitos por intermédio de fios, as instruções eram armazenadas electronicamente num meio material que Eckert descobriu por acaso, quando trabalhava com radar: um tubo cheio de mercúrio, conhecido como linha de retardo. Cristais dentro do tubo geravam pulsos electrónicos que se reflectiam para frente e para trás, tão lentamente que podiam, de facto, reter a informação por um processo semelhante àquele pelo qual um desfiladeiro retém um eco. Outro avanço igualmente significativo: o EDVAC podia codificar as informações em forma binárias em vez de decimal, o que reduzia substancialmente o número de válvulas necessárias.
A história dos computadores têm início há aproximadamente 4000 a.C. desde que o homem descobriu que só com os dedos não dava para calcular, então foi criado o primeiro instrumento de cálculo. Era um aparelho simples feito de argila onde se escreviam números e que ajudava nos cálculos aos quais chamaram de Ábaco. Mais tarde o Ábaco era feito de madeira com pedras deslizantes e varetas, utilizado pelos mercadores para contar e calcular. Em termos aritméticos, as barras actuam como colunas que posicionam casas decimais: cada bola na barra das unidades vale um, na barra das dezenas vale dez e assim por diante. O ábaco era tão eficiente que logo se propagou por toda parte, e em alguns países é usado até hoje.
Ábaco - Séc. III - d.C. com discos ou contas móveis para acelerar as Operações matemáticas
Mais tarde no ano de 1642, Pascal um jovem matemático fra
ncês inventou a primeira máquina de calcular. Esta máquina só tinha a capacidade de somar e subtrair funcionava por engrenagens mecânicas. Pascal revelou desde cedo um espírito extraordinário, não só pelas respostas que dava a certas questões, mas sobretudo pelas questões que ele próprio levantava a respeito da natureza das coisas. Pascal inventou a primeira calculadora mecânica para ajudar o seu pai com o trabalho de colecta de impostos. Trabalhou nele três anos entre 1642 e 1645. O dispositivo, chamado Pascaline, é assemelhado a uma calculadora mecânica de 1940.
Pascaline – 1642
Cinquenta e dois anos mais tarde no final do século XVII o alemão Gottfried Von Leibniz matemático e filósofo consegue melhorar substancialmente o invento de Pascal e já se realizam multiplicações.
Calculadora de Leibniz – 1673
Charles de Colmar consegue que a sua máquina de calcular realize as quatro operações matemáticas: multiplicação, divisão, soma e subtracção. Construiu, baseado no modelo de Leibniz, o aritmômetro, uma máquina finalmente operacional da qu al mais de 1500 unidades foram fabricadas e vendidas em trinta anos, tendo obtido a medalha de ouro da exposição de Paris de 1855. Estávamos na era da computação mecânica e I Guerra Mundial.
Mas o desenvolvimento dos computadores como hoje os conhecemos deve-se a um matemático inglês de nome Charles Babbage que em 1812 revolucionou a forma de pensar e ver da sociedade dizendo que as operações matemáticas repetitivas se podiam fazer de forma mais confiável e mais rápida pelas máquinas do que pelo homem. Ele idealizou uma máquina a vapor capaz de realizar operações aritméticas mais complexas do que as quatro operações básicas. Esta máquina analítica nunca foi construída mas as ideias para os avanços da computação mecânica foram fundamentais.
Esboço da máquina analítica
A ideia dos cartões perfurados não era nova, pois já tinha sido usada por Joseph M. Jacquard em 1745 para controlar um tear. Mas a possibilidade de o programa alterar a sequência de operações automaticamente, baseado em decisões é um conceito genial que encontramos nos computadores actuais.
Tear de Jacquard
Em 1889 Herman Hpllerith, americano deparou-se com um problema estava-se a fazer levantamento demográfico no país mas pelo tempo que o último censo levou a apurar temia que quando estivesse pronto já estivesse desactualizado, contudo com a máquina inventada por Hollerith demorou apenas seis semanas. Esta máquina tinha a particularidade de trabalhar com cartões perfuráveis. A ideia dos cartões perfuráveis serviu também para armazenar dados. As engrenagens eram numerosas e complexas, por isso em 1903 aparece o primeiro computador 100% electrónico, que utilizava álgebra boleana, ou seja álgebra binária, 0 e 1 a base dos computadores que hoje conhecemos. Com a chegada da segunda Guerra Mundial houve necessidade de criar máquinas que fizessem cálculos com mais rapidez e precisão na indústria bélica. Então os alemães criaram o Z3 que era capaz de projectar aviões e mísseis. Os ingleses desenvolveram o Colossus, porque precisavam de decifrar códigos nas mensagens alemãs. Quando acabou a segunda grande guerra começou a guerra - fria houve mais um desenvolvimento com a constru ção do Eniac. A importância do Eniac é que não era destinado a uma operação específica, mas podia ser usado de uma maneira geral.
O Eniac tinha aproximadamente 18.000 válvulas, ocupava o espaço de uma sala e pesava cerca de 30 toneladas. O Eniac podia calcular a trajectória ou ângulo de uma bomba em 20 segundos consumindo 160 kW. Era constituído com válvulas electrónicas, eram grandes, caras e lentas e queimavam facilmente. Mesmo assim foi capaz de realizar 100.000 cálculos simples por segundo. Com o tempo foram mudando as dispendiosas válvulas pelos mais económicos e miniaturizáveis transístores. Assim foi possível diminuir o tamanho dos computadores e consumir menos energia, tornando-os economicamente mais acessíveis a pessoas e Instituições.
Mesmo quando o ENIAC foi a público, Mauchly e Eckert já trabalhavam na concepção de um sucessor para o Exército. A principal desvantagem do ENIAC era a dificuldade para mudar as instruções ou programas. A máquina só continha memória interna suficiente para manipular os números envolvidos na computação que estava a executar. Isso significava que os programas tinham de ser instalados com fios dentro do complexo conjunto de circuitos. Alguém que quisesse passar do cálculo de tabelas de tiro para o planeamento de um túnel de vento teria de correr de um lado para outro da sala, como um operador de painel de controlo que tivesse enlouquecido, desligando e ligando centenas de fios.
EDVAC
O sucessor do ENIAC denominado EDVAC, sigla para Computador Electrónico de Variáveis Discretas (Electronic Discrete Variable Computer) - foi planeado para acelerar o trabalho, armazenando tanto programas como dados na sua expansão de memória interna. Em vez de serem instaladas no conjunto de circuitos por intermédio de fios, as instruções eram armazenadas electronicamente num meio material que Eckert descobriu por acaso, quando trabalhava com radar: um tubo cheio de mercúrio, conhecido como linha de retardo. Cristais dentro do tubo geravam pulsos electrónicos que se reflectiam para frente e para trás, tão lentamente que podiam, de facto, reter a informação por um processo semelhante àquele pelo qual um desfiladeiro retém um eco. Outro avanço igualmente significativo: o EDVAC podia codificar as informações em forma binárias em vez de decimal, o que reduzia substancialmente o número de válvulas necessárias.
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